Responsável Técnica: Dra. Sandra Vellasco Crefito 2- 41897 - Fisioterapeuta e Equoterapeuta
A Equoterapia é definida, como uma atividade interdisciplinar que abrange as áreas de saúde, educação, desporto e interação social, com o emprego do cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e sócio-educacionais.
É uma atividade que demanda a utilização do corpo inteiro do paciente, o que contribui para o desenvolvimento de força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento, consciência corporal, coordenação motora e equilíbrio.
A própria interação do paciente com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, desde o manejo até o ato de montar, já desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e construção de uma autoimagem capaz e autônoma.
Além disso, durante a sessão, é proporcionado ao praticante uma variada gama de estímulos cognitivos com associações pedagógicas, cujo resultado é a melhora da atenção/percepção e, consequentemente, melhora da autonomia.
Os atendimentos acontecem de segunda a sexta no período da manhã e tarde, com a prática de montaria acompanhada e dirigida por equipe multidisciplinar (01 Fisioterapeuta, 01 Psicóloga, e 01 Equitador), onde o objetivo é a construção progressiva de sua autonomia, na medida em que interagem com o cavalo.
O cavalo, como instrumento terapêutico, proporciona movimentos tridimensionais, variáveis, repetitivos, com ritmo e cadência, nos quais se pode graduar a intensidade e a quantidade de informações sensoriais à pessoa com deficiência.
Como resposta terapêutica, os resultados são benéficos, sobretudo nas crianças e jovens com paralisia cerebral, síndrome de Down e autistas, pois apresentam aumento da tolerância (menos irritabilidade), melhoria da percepção corporal, melhoria da atenção, maior proximidade e contato com o animal (condução e cuidados) como também aceitação ao contato físico e visual e diminuição dos movimentos estereotipados, transformando-os em movimentos funcionais. A fala pode se apresentar mais contextualizada e com maior facilidade na expressão de seus desejos.
Pode-se dizer que essa metodologia data de 500 a.C., instituída por Hipócrates, quando já aconselhava a prática equestre para regenerar a saúde, preservar o corpo humano de muitas doenças e no tratamento de insônia e mencionava que a prática equestre, ao ar livre, fazia com Que os cavaleiros melhorassem seu tônus. Por isso, adotou-se o sufixo TERAPIA que vem também do grego THERAPÉIA, parte da medicina que trata da aplicação de conhecimento técnico-científico no campo da recuperação da saúde; o prefixo EQUO vem do latim EQUUS (equino).
O CFM - Conselho Federal de Medicina reconheceu, em 1997, a Equoterapia como prática terapêutica.